terça-feira, 16 de junho de 2009

Amazônia padecerá com o fim do fuso

Por Chico Araújo e
Eduardo Bresciani

Com a hora única, o amazônida terá que madrugar para acompanhar horário de Brasília
BRASÍLIA - Por unanimidade, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira, 16, um projeto que acaba com os fusos horários dentro do Brasil. A medida institui uma única hora legal. A proposta precisa passar ainda pela Comissão de Relações Exteriores, onde terá decisão terminativa. O projeto precisa ainda ser aprovado também pela Câmara antes de virar lei.

Com a medida, as pessoas que moram na Amazônia terão quer madrugar para acompanhar o horário oficial de Brasília. Atualmente, a diferença de fuso no Acre é de uma hora - durante o horário de verão sobe para duas. E o acreano já sofre as conseqüências das mudanças de fuso.

No ano passado, por força de um projeto do senador Tião Viana (PT-AC) a horário oficial do Acre ficou um hora a menos em relação a Brasília. A medida obrigou o acreano a acordar mais cedo para acompanhar o fuso. Houve protestos e já se falava até em plebiscito para decidir a questão.

Agora, com o texto aprovado no Senado, volta tudo a estaca zero. Em todo país passa a valer a hora de Brasília. Significa dizer, no caso do Acre, que o dia vai começar antes do sol raiar, e o anoitecer, ainda com o sol no horizonte - a exemplo de algumas regiões da Europa.

Com isso, quando o Jornal Nacional começar, às 20h15, ainda será pleno dia no Acre e em outros estados amazônicos. E aos que, ao meio-dia estiverem caindo de sono, só resta um consolo: protestar contra Tião Viana. Partiu dele a idéia de mexer no fuso horário e, agora, em vez de uma hora, o Senado decide pela hora legal única. O projeto da hora única é de autoria do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM).

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