sábado, 29 de agosto de 2009

OMS diz que 40% dos mortos pela gripe são adultos com boa saúde

'Vírus viaja a velocidade incrível', diz diretora da OMS.Pandemias de gripe são 'altamente imprevisíveis', completa.

A diretora da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan (foto), afirmou que 60% das mortes provocadas pelo vírus da nova gripe são em pessoas com problemas de saúde, por isso os 40% restantes correspondem a jovens adultos saudáveis.

"Este vírus viaja em uma velocidade incrível, inédita. Em seis semanas, percorreu a mesma distância que outros vírus em seis meses", indicou a máxima responsável da OMS, em entrevista publicada hoje no jornal "Le Monde".

O vírus A (H1N1), a primeira pandemia do século XXI, provocou a morte de pelo menos 2,185 mil pessoas no mundo e pelo menos 209,438 mil pessoas já foram infectadas.

Segundo Margaret, 60% dos casos fatais da nova gripe são de "pessoas que tinham problemas de saúde subjacentes", acrescentando que "isso significa que 40% das mortes dizem respeito a jovens adultos - em boa saúde - que morrem em cinco ou sete dias de uma pneumonia virótica".

"É o fato mais preocupante: curar os pacientes é muito difícil", declarou.

A diretora da OMS considerou também que "até 30% dos habitantes de países com uma forte densidade de população correm o risco de se infectar", e alertou aos Estados que devem "se preparar para o pior e esperar o melhor", já que as pandemias gripais são "altamente imprevisíveis".

Embora a capacidade mundial de produção de vacinas tenha sido duplicada para lutar contra a pandemia, os 900 milhões de doses contra o vírus da nova gripe que serão produzidos "não serão suficientes", acrescentou Chang.

Portanto, a diretora da OMS concedeu grande importância à necessidade de boas políticas de comunicação para que métodos simples para enfrentar a infecção, como lavar corretamente as mãos ou permanecer em casa se estiver doente, ajudem a combater o vírus.

Fonte: G1

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CPI da Pedofilia esbarra na falta de informações da Justiça


São 300 ações, quase 90% paradas; agenda da próxima semana prevê encontros no TJ e no MPE

A presidência da CPI da Pedofilia quer manter o jogo diplomático, mas se prepara para conseguir na própria Justiça o direito de conhecer os processos de pedofilia, e colocar o próprio judiciário em xeque.

Por que a demora com essas ações. Será que existem pessoas sendo protegidas? A negativa do Tribunal de Justiça reascendeu mais ainda o debate de que existe uma rede de proteção a quem pratica crime sexual contra menores.

Os membros da CPI já acertaram a agenda da semana que vem. Na terça-feira, dia 1º, recebem um documento de um movimento de mulheres, não se sabe o conteúdo. De repente são mais denúncias.

Na quarta-feira, 2, ele visita o Ministério público Estadual e o Tribunal de Justiça do Estado do Acre.

Com os promotores e procuradores, a CPI quer conversar sobre a denúncia de pedofilia que recai sobre um promotor acusado de envolvimento com uma menina de 15 anos quando atuava em Sena Madureira.

Já no Tribunal de Justiça, a conversa deve ser demorada. Além de um juiz investigado na mesma denúncia do promotor, o presidente da Casa disse não ao pedido da CPI que requereu todos os processos de pedofilia.

São 300 ações, das quais quase 90% estão paradas na Justiça, ou os pedófilos não foram punidos e em alguns casos, até mesmo as vítimas não obtiveram nenhuma resposta.

O Tribunal de Justiça disse não ao pedido, com a alegação de que os processos estão em segredo de Justiça.

Os desembargadores têm medo que as informações dos autos fiquem conhecidas da população e prejudiquem as partes. E que os deputados se promovam com essas informações.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Pedro Ranzi, está viajando e ninguém fala sobre o assunto. Já o presidente da CPI, deputado Luiz Tchê, acredita que não haverá problemas conseguir os processos.

Basta uma conversa explicativa sobre a importância da CPI para que os desembargadores se conscientizem, segundo o presidente, Luiz Tchê.

Texto: Adailson Oliveira - Agazeta.net

Leia também CPI da pedofilia realiza visita ao Tribunal de Justiça

Iapen apura tentativa de homicídio em presídio estadual

Agentes penitenciários que estavam de plantão ficam suspensos preventivamente enquanto durar a investigação.

A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) determinou através de portaria, a criação de uma Comissão de Sindicância para investigar a tentativa de homicídio registrada no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde, na noite do dia 25 de agosto.

Segundo chegou ao conhecimento da imprensa, nesta data, o detento Deusivan da Silva Rego, 29 anos, foi gravemente ferido pelo colega de pavilhão Mauro Sérgio Alves. Além de determinar a abertura de sindicância, a direção do Iapen também suspendeu preventivamente dois agentes penitenciários que estavam de plantão até que os trabalhos sejam concluídos.

Do Ac24horas

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Decepção

“Petrópolis, 23 de setembro de 2009

Ao Partido dos Trabalhadores

Há muito – mais precisamente desde quando, no “mensalão”, vi rolarem por terra ídolos como José Dirceu e Genoíno – venho pensando em fazer o que agora faço. Entretanto, movida pelo desejo de separar o joio do trigo e, de alguma forma, ajudar a reconstruir o PT local, mantive-me fiel ao partido, tendo exultado quando a cidade elegeu Paulo Mustrangi como prefeito.

Entretanto, apesar de Lula declarar que petista é como flamenguista, que permanece fiel ao time independentemente das derrotas, creio que para tudo nesse mundo há um limite. E não suporto mais ver esse homem – que acompanhei com ardor e paixão desde a greve dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo, SP, em maio de 1978 –, em nome da “governabilidade”, jogar por terra a própria biografia e os ideais de tantos quantos depositaram nele a responsabilidade de construir um Brasil mais justo e mais digno.

O mais lamentável em tudo isso é que, apesar da decepção, não nego sua capacidade e louvo seus feitos: é mérito seu mais de 35 milhões de brasileiros terem saído da linha de pobreza e nosso país hoje ser conhecido e respeitado em todo o mundo. Mas nem por isso Lula pode ser maior que o próprio PT nem fazer com que petistas históricos, como o senador Aloizio Mercadante se tornem alvo do achincalhe nacional.

Por tudo isso, em caráter irrevogável (irrevogável mesmo!), venho solicitar minha desfiliação partidária. Solitária em minha dor, saberei sempre a hora de estar ao lado das pessoas de bem que insistem na luta, como por exemplo o ministro Patrus Ananias. Mas me resguardo e estou a salvo dessa indigesta pizza que tentam jogar goela abaixo dos menos incautos.

Atenciosamente,

Marilda Varejão (título de eleitor 228802690159, zona 0085 seção 0018 cadastro 2407706) ”

Carta publicada no Balaio do Kotscho

domingo, 23 de agosto de 2009

PT

Esta charge do Pater foi feita originalmente para o A Tribuna

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pizza e CPI da pedofilia

Por Francisco Costa

Um cheiro forte de pizza, com diferentes sabores ronda a Assembléia Legislativa do Acre. A CPI da Pedofilia é um fracasso completo, desde o inicio até agora a comissão que coordena os trabalhos tem demonstrado incapacidade total para conduzir as investigações.

No inicio os membros chegaram a entrar em conflito, disputando uma vaga na comissão, tudo já de olho na reeleição deles. O deputado estadual Mazinho Serafim (PSDB), antecipou que Luiz Tché (PMN), estava usando a Comissão para negociar favores pessoais com o governo.

As primeiras denúncias da advogada e ativista em direitos humanos, Joana D’arc, já foram praticamente descaracterizada, em virtude da inoperância da CPI, que não conseguiu até agora apurar e investigar nenhum dos denunciados por ela. Apenas requerimentos foram emitidos pedindo tímidas informações das pessoas denunciadas, enquanto isso provas são destruídas e testemunhas coagidas.

Para completar, os membros da Comissão esperavam que Joana, levasse em seu depoimento o sangue e o hímen rompido das vitimas, pelos acusados. Os deputados não têm mostrado interesse em trabalhar, investigar a fundo os pedófilos. A CPI não teve capacidade para requerer antecipado as provas e os depoimentos das testemunhas do caso Pianko que estão nas mãos do Ministério Público e da Policia Federal.

No inicio do ano, o assessor político Francisco Pianko que faz parte da equipe do governo de Binho Marques, foi denunciado por abuso sexual e atentado violento ao pudor contra índias menores de idade nas aldeias. Na época os deputados não demonstraram tanto interesse no caso, nem apoio ofereceram as testemunhas, e muito menos pediram afastamento do membro da equipe de Binho e seriedade na apuração do caso, ou seja, cruzaram os braços e ficaram vendo da janela o barco passar.

Seis meses depois a CPI reagem com susto, como se as acusações contra o Pianko fossem novidades. Bastou à índia Letícia Yawanawá reafirmar a sede de sexo do índio por menores de idade, que os deputados fizeram cena mostrando indignação e revolta.

Mas, o tom não era de preocupação com as vitimas, e sim, com a omissão da equipe de governo que tomou conhecimento do caso e nada fez. Procurando holofotes, os parlamentares deixaram de se preocupar com as vitimas e exploram o depoimento de Letícia politicamente. O líder de governo, ficou ofuscado, e nem apareceu em cena. O relator com sua imagem queimada desde o último depoimento ficou quietinho desta vez e não teve coragem de levantar a voz contra Letícia lhe chamando de “leviana”, ou, coisa parecida.

Uma bússola ou navegador GPS, precisa ser entregue com urgência para os deputados da Comissão. Os parlamentares não saem às ruas para ouvir o povo, preferem seus carros blindados, o ar condicionado e o luxo que lhes foi concedido pelo voto popular. Já correm nas esquinas da cidade boato de que os maiores pedófilos estão dentro da própria CPI, já se coloca em cheque as profissões de alguns parlamentares e até já é questionado o nível de conhecimento de alguns deputados.

Pior que isso, é que como a CPI e as instituições públicas responsáveis por proteger e prevenir as vitimas não conseguem desenvolver seu trabalho, a advogada Joana D’arc (que muitos ainda tentam descaracterizar), acumula pilhas de denúncias como se ela pudesse resolver tudo. Mas o povo não tem a quem confiar. Como a CPI da Pedofilia, ainda não ganhou credibilidade das instituições federais, Joana diz que não entregará nenhuma prova.

Enquanto todos estão pensando nas próximas oitivas e analisandos os últimos depoimentos, os agressores vão agindo livremente. E, a impunidade tem nomes.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MEMÓRIAS DE UM SOLDADO DE MILÍCIAS - PARTE II

Quando fazemos nosso juramento na formatura de inclusão da Polícia Militar, o agente público diz defender a sociedade ainda que com o sacrifício da própria vida. Mas, quanto vale esse sacrifício? Um juiz se sacrificaria pelo salário que ganha? E os políticos, se tivessem que morrer em nome do benefício popular, assim o fariam? A valorização da força policial tem que começar na própria instituição, os comandantes devem se ater à PESSOA do militar e não com o vinco da farda ou a cobertura. Isso é secundário. A valorização pelo Estado e pela justiça é utópica, no entanto ideal. O povo? Esse nunca vai valorizar quem o reprime. Se alguém invade sua privacidade, logo pensa na ajuda policial; a polícia – nesse instante – é tudo ‘o mal necessário’. Se protesta, e o governo convoca a polícia; aí o diabo vira anjo e os policiais, diabos. Tornando-se claro, repugnantes criaturas.

O que consola é a fé e a esperança, bases da existência humana. E, queira ou não, o militar é HUMANO, escondido atrás de uma farda (indumentária institucional apenas), mas é humano e também as traz em si, e são elas que os fazem continuar, ainda que com todos os impedimentos. Tais virtudes fazem o militar crer que alguém, algum dia, vai ter uma luz e acordar para a sua situação e mudar tudo, para melhor. E ninguém mais vai ter razão para detestar ser da “BRIOSA POLICIA MILITAR DO ACRE”. Tentei com esse comentário fazer a pura e mais singela forma de expressão de tudo aquilo que nós praças sempre tivemos vontade de falar, e que não tínhamos condições de botar num papel o nosso sentimento. Apenas fico triste porque esse desabafo não chega às mãos da imprensa escrita e falada, para externar o sentimento de toda a tropa com essa situação que está aí.

Como eu já havia falado na parte I, a POLICIA MILITAR atualmente, está sendo um problema para a sociedade e para os governos, ela é fruto da ditadura e até o final da década de 1990, a maioria dos recursos humanos eram assassinos, bêbados, drogados, assaltantes, traficantes e agiotas, hoje temos ótimos policiais, porem desvalorizados e que não fazem SEGURANÇA PUBLICA, pois o afastamento entre policia e sociedade, leva os policiais a fazerem SEGURANÇA NACIONAL. A pior parte de ser da polícia militar é o militarismo. Em parte porque esse traço sempre representou uma arma contra o próprio militar. O militar é contra tudo e todos, o que não o libera de ser contra si mesmo ou contra seus semelhantes. Nada mais contraditório do que servir ao Estado e tê-lo contra você. Em toda a História da humanidade, não há um único exemplo em que ‘o militar’ tenha agido e não tenha pecado de alguma forma, pelo excesso ou pela falta. A farda tem uma simbologia singularmente paradoxal. É um misto de controle ao outro e autocontrole. O protesto alheio é reprimido pela força policial em defesa do Estado, e este invalida as ações da polícia com base na Lei e contra a própria polícia, que é quem é responsável por fazê-la cumprir; talvez seja essa a razão de o militar não ter vez com o governo. E muito se ouve que o poste não pode fazer xixi no cachorro. E o militarismo amordaça o militar e dilui nele a democracia e – por vezes até – o trancafia atrás das grades como um meliante. O militar tem dois fardos a carregar, a hierarquia e a disciplina. A relação da polícia com o povo é como uma faca de dois gumes. Alguém sempre sai perdendo nesse embate. Em meio à população, há de tudo: pais de família, trabalhadores, homens de bem, pessoas de boa índole, estudantes, menores, grupos vulneráveis, doentes e incapazes, e os que reúnem um pouquinho de tudo. Ao que parece, só não tem bandido. Todos, na intenção de demonstrar sua indignação, gritam aos quatros cantos do mundo que não são isto, não são aquilo ou que são assim ou daquele jeito. À polícia cabe a ação. E, se ela não age, erra, pois foi chamada para agir e, se não ia fazer nada, para que foi até lá (?); se age, erra também porque exagera. Se não ia dar flores, também não precisava ser grosseiro (!). É chamada para controlar. E quando controla, aparecem especialistas de todas as brechas para criticar. O povo está quase sempre contra, pois é do seu meio que provém toda a mazela da vivência humana. E, quem quer ser a mazela? Quem admite ser pai, mãe de uma ou ser a materialização da mazela? Quem quer ser a ‘pessoalização’ do que é ruim no meio social? Daí a se compreender o porquê da relação pífia entre polícia e sociedade. Povo, Estado e justiça estão sempre aliados contra a polícia. O judiciário é quase inócuo quando o assunto é o direito do policial nas situações-problema geradas pelo serviço. Não há apoio. Não é feito o mínimo para compreender que quem está em desvantagem no confronto armado contra o crime organizado é o agente, porque tem muito a perder e deve esperar o primeiro tiro (que pode ser fatal) para contra-atacar. Policial militar é militar, não é humano. Quando começa a vida de militar ainda aluno-recruta, é tratado por bicho. Na intenção de recrudescer a ‘pessoa civil’ para torná-lo ‘um militar de verdade’, o treinamento beira a inconseqüência desumana; são pressões psicológicas, situações de estresse físico, humilhações e outras torpezas, buscando preparar o recruta para a vida a pronto, para poder estar frente a frente com o perigo e não amarelar nem colar as placas. O que resulta disso tudo, em alguns casos, se vê pelas ruas e nos noticiários. O militar passa a não ser humano e a viver entre eles. Talvez seja por esse motivo que quando um deles é trucidado, faz-se o enterro, dá-se uma salva de tiros e se põe a farda em outro. Muitas vezes a morte de um agente passa em branco.

O jornalismo não acha interessante relatar o fato de qualquer fardado e a serviço do Estado (recebe para isso) ser assassinado, às vezes com requintes de crueldade, e os Direito Humanos jamais se manifestam. Entretanto, se morre um vagabundo, viciado, traficante, ladrão ou assassino, esse logo vira estudante, e o policial bandido fardado. Os Direitos Humanos se põem na defesa do ‘ser humano’, o povo julga a polícia e os juízes batem em seus birôs e proferem falas do alto de suas magistraturas impecavelmente incorruptíveis e condenam a instituição à desmoralização.

“AMO MEU TRABALHO”

*Policial Anônimo

domingo, 16 de agosto de 2009

Marina deve tomar cuidado com serra

Charge do M. Jacbsen feita originalmente para o A Charge Online

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Inocência Perdida

Pitter Lucena *

Quem em sã consciência deixaria sua cria a mercê dos predadores? A resposta lógica seria ninguém, claro. E a vida, a inocência de uma criança? A Constituição Brasileira garante à essa criança saúde, educação e segurança. É lei máxima. Mas não é o que acontece no Brasil, principalmente nas famílias pobres. Elas são saqueadas diariamente em seus direitos elementares de cidadãs. São humilhadas e torturadas psicologicamente pelo seu estado de ser pobre. São calvários da sobrevivência, vividas diariamente.

A realidade nua e crua nos mostra uma outra Constituição. Aquela do mundo selvagem, onde os fracos não têm vez. E, isso, acontece com milhares de famílias pobres do Acre, quando o assunto é abuso sexual contra crianças e adolescentes. Essas famílias não têm voz, imagem e a própria sombra são aspectos figurativos de um mundo sem sentido. Dez reais em casa, no boteco ou algo que valha a pena, é um mundo a ser olhado de forma diferente. Dessa miséria humana nasce o predador da inocência humana: o pedófilo.

O pedófilo é sempre alguém que tem dinheiro para comprar alguém. E, esse alguém, sempre é uma criança de origem marginalizada pela pobreza. Crianças que os pais se matam para dar comida no dia seguinte, mas elas, sem ter o que fazer, brincam na rua em frente de casa em bairros periféricos: ponto dos marginais do sexo. Elas não entendem nada de vida. Um chocolate, um picolé, uma voltinha de carro são o suficiente para uma nova amizade com um desconhecido. Pronto, firmou-se o começo do crime para os animais pedófilos. Até hoje não soube que a filha de uma pessoa rica tenha sido vítima desse tipo de crime.

Geralmente, quando acontece um caso de um pobre ter tido relações com uma menor de idade, ou enfrenta o padre ou vai para a cadeia e não se fala mais nisso. Agora quando um endinheirado, promotor, juiz, desembargador, advogado, jornalista, empresário, deputado e tantos outros mais, o rumo é diferente. Basta ter dinheiro ou poder para não ser denunciado à justiça. Existe uma compra ou ameaças para calar a voz da inocência. Se não existe denúncia não há nada e ponto final.

Exemplo: quando uma criança de 11 anos foi estuprada e levada para a Maternidade Bárbara Heliodora, tanto a criança, quanto a mãe sabiam do animal que havia cometido o crime. Criança e mãe foram levadas na mesma noite para prestar queixa na delegacia da mulher. A delegada quando soube quem era o acusado, mesmo a mãe dizendo o nome do criminoso, colocou no Boletim de Ocorrência “sujeito não identificado”. O que vale é a palavra da “autoridade” e assim caminha a humanidade.

O nome Antonio Manoel foi relevado na delegacia, mas retirado da ocorrência, por ser gente do governo, gente “da alta” como dizem. E assim foram outras dezenas ou centenas de casos. Para essa gente pobre que tiveram ou têm filhas ou filhos envolvidos nessa situação, sofrendo ameaças de serem presas e outros tipos de punição, o silêncio é o melhor remédio. A dor de uma mãe, a humilhação de um pai de não ter voz foi embora pela porta de frente da vida.

A CPI da Pedofilia do Acre tem por obrigação aceitar todas as denúncias, denúncias essas, na sua maioria, conhecidas por todo mundo. Outras que serão feitas, em curto espaço de tempo, para a sua grandiosidade. Uma CPI desse porte é para lavar a alma da sociedade acreana. Dizer um basta para as atrocidades contra milhares de famílias destruídas por esse tipo de crime, o tempo é agora.

A advogada Joana D`arc revelou em depoimento na Aleac nomes de pessoas envolvidas com pedofilia. Agora pense na pressão que as vítimas passaram ou estão passando para não falarem nada. Digo, vítimas, as famílias algemadas pelo medo do silêncio. Agora é a vez da Aleac dá sua contribuição num trabalho que, no mínimo, levará a paz para um grande número de famílias destroçadas. Tudo isso depende da CPI da Assembléia Legislativa do Acre.

* Pitter Lucena é jornalista

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Tchê afirma que depoimento de Joana D'Arc foi importante para CPI

Rutemberg Crispim, da Agência Agazeta.net

Para presidente da CPI, depoimento da advogada além de ajudar a Comissão, foi importante para encorajar novas pessoas


O deputado estadual Luis Tchê (PMN), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, afirmou na tarde desta quinta-feira, 13, que o depoimento da advogada e ativista dos direitos humanos, Joana D'Arc foi importante para a continuidade dos trabalhos. Ele disse que todos os casos citados por ela serão investigados. As afirmações foram feitas durante o programa Gazeta Entrevista, apresentado pelo jornalista Alan Rick.

Tchê afirmou que "a CPI precisa de pessoas corajosas como a advogada Joana D'Arc que tenham coragem de denunciar os casos de pedofilia". Para o parlamentar, a advogada cumpriu seu papel de cidadã, quando apresentou nomes de supostos envolvidos nesse tipo de crime.

Luis Tchê disse que o depoimento de Joana D'Arc além de ajudar a CPI, foi importante para encorajar novas pessoas. "Uma mulher foi ali naquele auditório, na frente de várias pessoas e teve coragem de dizer nomes que podem estar envolvidos em casos de pedofilia. Isso é um ato corajoso demais", destacou.

Comparando o depoimento de Joana D'Arc ao do ex-deputado Roberto Jefferson, o presidente da CPI lembrou que a advogada cumpriu bem seu papel, apresentando nomes. Agora, segundo ele, caberá aos membros da Comissão, investigar cada caso e descobrir se as pessoas citadas tem ou não envolvimento.

Enumerando cada caso citado por Joana D'Arc, Luis Tchê fez questão de afirmar que vai conversar com o presidente do Tribunal de Justiça (TJ), desembargador Pedro Ranzi e com o procurador-chefe do Ministério Público Estadual (MPE), Edmar Monteiro, para colher mais informações sobre os casos citados por Joana D'Arc.

"Também vamos conversar com o comandante da PM. Se for preciso vamos convidar algumas pessoas para prestar esclarecimentos à CPI. Temos que dar uma resposta concreta à nossa sociedade", garantiu.

O deputado Luis Tchê defende entre outras coisas, a criação de uma delegacia e uma Vara especializada para investigar e julgar os casos de pedofilia, garantindo assim, mais agilidade na solução dos problemas, possibilitando que as denúncias sejam feitas com mais freqüência e sigilo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Deputado Capitão Assumção está com gripe suína

Deputado ficou conhecido no Acre por ter chamado Governador e Comandante da PM de bandidos


A Câmara dos Deputados confirmou na noite desta terça-feira (11) que o deputado federal Capitão Assumção (PSB-ES) está com a nova gripe. Este é o primeiro caso de Influenza A (H1N1) entre os 513 parlamentares. Segundo a assessoria da Câmara, ele está sendo medicado em casa e se recupera bem.

O parlamentar ficou conhecido no Acre após chamar de bandidos, na tribuna da Câmara dos deputados, o Governador e o comandante da Polícia Militar. No discurso, o deputado tachou como perseguição a prisão do major Wherles Rocha e o processo aberto contra o presidente da Associação dos Militares do Acre, Natalício Braga, por terem no dia 4 de maio realizado um protesto reivindicando melhorias salariais e de condições de trabalho.

Leia também "Bandidos aí nesse Estado só tem dois; é o Binho Marques e o coronel Célio", diz deputado federal.

Clique aqui para assistir o famoso pronunciamento do deputado.

sábado, 8 de agosto de 2009

Joana D’Arc afirma que vai denunciar autoridades e pessoas da elite à CPI da pedofilia

Aguardado com expectativa, o depoimento da Ativista em Direitos Humanos Joana D’Arc Valente Santana, na CPI da Pedofilia, está marcado para a próxima quarta-feira (12). D’Arc será a primeira pessoa a ser ouvida, e talvez defina como atuará os trabalhos da comissão, caso os parlamentares passem a investigar as pessoas que ela se propõe a denunciar.

Joana D’Arc afirma que, tem nomes e vai dizê-los diante dos parlamentares. Os deputados, por sua vez, declaram publicamente que querem ouvi-los e agirão com os rigores da lei, independente de quem sejam os denunciados. Dessa forma, gerou-se um cenário que a população espera ansiosa para ver o desfecho.

A promessa da ativista Joana D’Arc é que, um Juiz, um promotor, um poeta, policiais militares e empresários, além de outros que supostamente estariam protegendo essas pessoas, serão denunciados. “Vou a CPI dizer nomes, função, quem os protege, porque os protege e, principalmente, só vou lá para levar nomes de pessoas da elite”, afirma.

A ativista diz que, se sente hostilizada pelas instituições estaduais, que protegem as pessoas denunciadas por ela. E, acrescenta que, vai tomar providências sobre declarações públicas de alguns membros da CPI ao seu respeito. “Tenho um trabalho que atende a um clamor público e já venho dizendo antes, vou dizer durante e continuar dizendo. Não trabalho para a CPI e para nenhum deputado membro da CPI”, falou.

Polêmica em suas declarações, como sempre, Joana D’Arc falou a respeito do seu depoimento, e sobre assuntos relacionados.

Leia a entrevista no site O Acre Notícias

Foto: Francisco Chagas

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Secretario de Saúde diz que vírus da gripe suína não está circulando no Acre


O Secretario Estadual de Saúde Osvaldo Leal garantiu, em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira, que o vírus da gripe suína (Influenza A H1N1) não está circulando no Acre. Segundo Leal, 14 pacientes estão sendo monitorados no Estado, no entanto apenas dois casos foram confirmados desde que o vírus chegou ao Brasil.


De acordo com o secretário, não há provas técnicas da circulação do vírus Influenza A no Acre, uma vez que os casos confirmados da doença foram de pessoas provenientes de outras localidades. “O primeiro caso confirmado foi de uma paciente que veio de Santa Cruz de La Sierra, e o outro foi de uma pessoa que esteve no Nordeste”, disse ele.

Leia mais no site O Acre Notícias

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

MEMÓRIAS DE UM SOLDADO DE MILÍCIAS

Por Policial Anônimo

Dirijo-me a vocês inicialmente, escondendo meu nome, pois posso ser punido se descobrirem quem vos enviou isso. Quando estamos em uma universidade somos ensinados a nos mostrar e dizer o que podemos fazer pelo mundo tendo pensamento próprio, mas quando fazemos parte de uma instituição militar, somos apenas número para a população, mas de público venho informar que me incomoda muito, ter que manifestar meu pensamento de forma escondida sem poder mostrar o que penso ou aquilo que sei, gostaria muito de poder participar de uma mesa redonda com o Comandante Geral da PM, com o Diretor Geral da Policia Civil, com a Secretária de Segurança e também com o Governador, pois sou Soldado da Policia Militar do Acre e na graduação inicial dentro desse militarismo absurdo e ultrapassado que existe aqui, temos sempre que estar sendo “comandados” por algum graduado mais antigo mesmo que este, sequer tenha controle sobre a própria residência, muito menos para lidar com uma guarnição e os problemas da comunidade, saber que trabalho em um setor do Estado que se torna igual uma secretaria qualquer do governo, como aquelas que algumas senhoras passam o dia inteiro fazendo as unhas e se maquiando e atendendo mal á população. Trabalho numa instituição que virou secretaria de Estado, e que devido á influencia do Governo,os comandantes se preocupam em somente mostrar uma aparência que não existe,sacrificando muito o policial que realmente executa esse serviço. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

O Serviço de Radio Patrulha é o que deveria ser mais bem equipado e sempre estar pronto para todas as situações, pois é quem diretamente atende á população, porem o que vemos é totalmente contrário, temos alguns graduados que, comandam guarnições de rua e que fazem questão de se esquivar de atender as situações que são repassadas e quando são questionados sobre suas ações, culpam diretamente seus superiores pelas escalas apertadas, falta de folga e incentivo ao serviço, muitos assumem seus plantões apenas tirando as faltas, sem ter qualquer informação nem sequer da guarnição que estava saindo. Entrei na corporação em um período que serviço de rua tinha respeito e era valorizado até mesmo por aqueles que estavam á margem da sociedade, porém hoje vemos uma situação desesperadora, pois as Radio Patrulhas assumem o serviço apenas com (02)dois componentes e muitas vezes são responsáveis por uma área imensa de patrulhamento, o que está ocasionando um combate mais deficiente ao crime, fazendo com que o meliante enfrente a guarnição como já vimos muitos fatos relacionados á isso nos noticiários de televisão. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Nossos superiores que deveriam nos direcionar sobre as ações operacionais, sequer conversam conosco antes de assumirmos o serviço pela manhã ou á noite, porém, cobrança é o que não falta. A falta de segurança para os moradores do bairro Bosque, por exemplo, onde existe apenas uma “RP” para atuar em toda aquela área e somente durante o dia, pois a noite é inexistente. Quando falamos em noite, consideremos a estatística do serviço noturno, pois após ser obrigatório que o policiamento de Radio Patrulha utilizasse em seu patrulhamento, o GIROFLEX ligado por toda a noite, caíram expressivamente os flagrantes, pois para o Governo é satisfatório ver que a policia está nas ruas, pois são visíveis, porem não existe retorno de ação tendo em vista que também o meliante tem visibilidade com o serviço policial. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Ainda falando sobre o serviço de Radio Patrulha, nos foi mostrado um estudo feito por algum oficial prestativo em seus serviços que definia que o melhor policiamento era aquele em que a Radio Patrulha tinha apenas dois componentes, na qual agilizava as atuações e tinha muito mais policiais nas ruas e também viaturas, porém com o passar do tempo, percebemos que a situação complicou-se muito mais, pois agora o meliante acha-se no direito de enfrentar o “Braço Armado do Estado” o que se tornou muito difícil para alguns policiais, pois agora teriam que optar entre enfrentar fisicamente o infrator ou ter que fazer uso de sua arma de fogo, mesmo que esse infrator fosse até um menor, pois a famosa PISTOLA TASER tão falado pelo governo não é pra quem atende ocorrências, e sim para o oficial supervisor e para operacionais do BOPE, porém o governo e o Comandante Geral se esqueceram que esses não atendem ocorrências, não estão de frente com a criminalidade, e quem diretamente atende, ainda não viu a forma de se manusear essa pistola ou sequer pegou na mesma. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Após toda essa celeuma sobre o reajuste dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado Acre, se é que podemos chamar isso de reajuste, é possível tirar algumas conclusões seguras sobre o nosso sistema de segurança, conclusões essas que passarei a externar justificando meus pontos de vista. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR. Não tenho duvida que segurança nunca foi prioridade para os governadores acreanos, principalmente nos últimos 12 anos. Em razão dessa visão míope dos nossos governantes o Acre atravessa uma grave onda de insegurança. Poucos são aqueles que ainda não foram vítimas da ação de criminosos, que estão cada vez mais ousados e violentos. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Enquanto nossas autoridades não cuidam das nossas polícias, não organizam, investem e valorizam os servidores que atuam nessa área, observamos impotente o surgimento de organizações criminosas cada vez mais bem equipadas e organizadas. Até quando nossos governantes vão ficar esperando o surgimento de um PCC da floresta, de um comando verde ou coisa semelhante?Quando o governo do Acre destina mais de 15 milhões para gastar com marketing e pouco mais de 3 milhões para o órgão responsável para realizar o policiamento preventivo (Polícia Militar) sou forçado a acreditar que esse mesmo governo está mais preocupado em maquiar a verdade do que solucionar os graves problemas que estamos vivenciando. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Seguindo-se essa linha de investimentos públicos, com a mais absoluta certeza, o Acre será o melhor lugar do mundo para os donos dos veículos de comunicações e para os criminosos. Os empresários favorecidos com as gordas subvenções públicas e os criminosos enriquecendo devido ao descaso governamental com a segurança dos acreanos. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Quando Policiais e Bombeiros Militares vão às ruas para pedir melhoria de salários e de condições de trabalho constata-se que além da falta de valorização profissional esses profissionais não dispõem das condições necessárias para prestar um serviço de qualidade ao povo do nosso Estado. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Ainda sobre esse movimento que buscava um reajuste nos salários e que contou com a presença de familiares de militares, centenas soldados, cabos, sargentos e alguns oficiais, nota-se claramente que o assessor político do governo tratou de armar uma vingançinha contra àqueles que participaram do “movimento”. Quando elaborou a tabela de “reajuste” salarial o governo concedeu quase 30% para os coronéis e tenentes coronéis, já para o restante da tropa o reajuste foi inferior aos dois dígitos. ESSA NÃO É A POLICIA QUE EU ESCOLHI PARA TRABALHAR.

Com a efetivação dessa tabela salarial discriminatória o governo deixa claro que não tem intenção nenhuma de valorizar ou reconhecer o trabalho da tropa. O reconhecimento veio somente para aqueles que estão sentados atrás de uma escrivaninha e dentro dos gabinetes. Está claro ainda o motivo pelo qual o governo desprezou majores, subtenentes e 3º Sargentos. Justamente esses postos e graduações são os mesmos dos principais lideres da AME/AC. Não tenho dúvida que essa foi mais uma forma de perseguir aqueles que ousaram buscar melhorias para nossos Policiais e Bombeiros Militares. O assessor Francisco Nepomuceno, “Carioca”, ainda tentou se justificar dizendo que essa diferença foi motivada para corrigir antigas distorções. Tal afirmação equivocada não encontra amparo na verdade, não resistindo a mais singela analise. Basta olhar a tabela para perceber que ela não corrigiu nada, apenas criou um abismo entre os coronéis e tenentes coronéis e o restante dos militares. Essa “negociação” salarial serviu para mostrar a face desse governo e suas reais intenções para os Militares Estaduais. Além da perda de direitos conquistados sobrou ainda cadeia e miséria para a tropa. ESSA NÃO É A POLICIA QUE ESCOLHI PARA TRABALHAR.

É bom salientar que nós Policiais Militares, não buscamos luxo ou mordomias, não temos planos de saúde e nossos filhos não estão matriculados em escolas particulares, não queremos incluir no nosso cardápio filé ou caviar.Queremos somente viver e dar um pouco de conforto para os nossos dependentes. Por eles é que sacrificamos nossa mirrada folga e até mesmo a saúde trabalhando nos “bicos”. Eles merecem muito mais. Todos os dias, quando saímos pra trabalhar, nos despedimos das nossas famílias sem saber se ao final do serviço vamos poder retornar para os nossos lares. Sem saber se vamos ficar presos nos quartéis pela decisão inquestionável de um comandante que não estava conosco na ocorrência. Sem saber se vamos ser denunciados pelo MP ou se vamos voltar vivos. E isso tudo ainda não é suficiente para compensar os muitos momentos de ausência em razão da nossa missão.

A policia que eu escolhi para trabalhar teria que ser assim:

· Todo policial deveria ter um salário adequado para viver com sua família evitando serviços extras de segurança, também com condições de trabalho, incluindo armamento apropriado, viaturas preparadas, cursos de capacitação e escalas adequadas.

· Receber informação de seus superiores e seus pares sobre o serviço anterior ao seu plantão, sabendo como estava a cidade.

· As audiências na justiça contassem como serviço e que fosse respeitada a devida folga ao policial quando este fosse em audiência judicial.

Comissão de combate a pedofilia define primeiros depoimentos

Por Francisco Costa


Em seu depoimeno Joana D'arca, avisa que não vai fazer o trabalho das instituições que sabem quem são e como agem todos os pedófilos do Acre, e, até hoje não fizeram nada. Leticia Yawanawá, diz que não tem nada para acrescentar na Comissão, já disse tudo ao MPF.

Uma reunião na tarde desta quarta-feira, 05, na Aleac definiu quais as pessoas que serão convocadas para depor na CPI da Pedofilia. A advogada e ativista em Direitos Humanos, Joana D'arc, foi a primeira pessoa convocada para comparecer nas audiências públicas que pretende prevenir e apurar o cometimento de ilícitos relacionados a atos de pedofilia. Joana recebeu o documento de convocação por volta das 17 h, no centro da cidade das mãos da assessoria de gabinete do deputado estadual Luiz Tché (PMN), que preside os trabalhos da comissão. O depoimento da advogada está agendado para o dia 12 de agosto a partir das 15h, na Assembléia Legislativa do Estado do Acre. As declarações da ativista serão acompanhados por cerca de 20 instituições governamentais (representantes do Tribunal de Justiça, Polícia Federal, MPE e MPF, além de outros parceiros), e muitas pessoas que esperam com ansiedade que os nomes dos pedófilos sejam levados a público e, que possam ser punidos.

Joana afirma com veemência que tem nomes e provas de pessoas envolvidas em crimes de pedofilia na capital e no interior do estado, e vai listar cada um deles durante seu depoimento na CPI. Entre os supostos criminosos estão pessoas influentes de diferentes setores da sociedade. Ela disse que vai ainda reascender casos antigos que nunca foram elucidados, como por exemplo os crimes cometidos por empresários ligados aos tranporte coletivos que ficou conhecido como caso do “Buzão”. Acrescentou que pretende indicar nomes de outras pessoas que podem contribuir com as investigações, e, que seria importante a presença do presidente da CPI do Senador, Magno Malta (PR-ES) para dar mais seriedade nas investigações.

"Vou contribuir com a CPI dando nomes, provas, fatos e indícios de pessoas que estão dentro do Judiciário, no Ministério Público, Sindicalistas, Empresários, Intelectuais e, muitos outros que abusaram ou abusam ainda de crianças. Quero saber juntamente com a sociedade porque que casos já denunciados pelo jornalista Pitter Lucena há muitos anos, caminham a passos de cágado em sua apuração judicial. Ratificarei e reiterarei todos esses nomes, para saber se permanecem com a sua insaciável fome de amor. Devido a visibilidade que a polêmica CPI gerou em seus acalorados debates, tenho recebido muitas denúncias. Como tenho fé pública, por prerrogativa da advocacia, indicarei os indícios com os fatos a serem apurados. As provas não me competem, indicarei apenas o caminho das pedras e os números dos processos", declarou Joana. Ela disse ainda que pretende homenagear a Juiza da Infância e da Juventude, Maria Tapajós que morreu tentando proteger as crianças que eram vitimas de pedófilos no Estado. Para a ativista se os trabalhos da comissão tiverem realmente seriedade, todos os envolvidos neste tipo de crime agora deverão ir para a cadeia.

Na sessão de ontem o relator da Comissão, deputado estadual Donald Fernandes (PSDB), disse que advogada estava blefando e que não tinha provas para apresentar durante seu depoimento. A atraso nos trabalhos da CPI causou conflito entre os parlamentes. Donald ameaçou lagar a relatoria; Mazinho Serafim (PSDB), declarou que Luiz Tché estava negociando com o governo vantagens políticas para evitar que integrantes do governo fossem intimados para depor na CPI. A paz só foi restaurada quando Edvaldo Magalhães (PCdoB), presidente de Aleac interferiu.

Seguido ao depoimento da advogada, a segunda pessoa a ser ouvida pela CPI será a liderança indígena Letícia Yawanawá com atuação no Acre, Amazonas e Noroeste de Rondônia. “ Tudo que eu tinha que falar já declarei para os Procuradores da República no caso Pianko, não tenho mais nada para falar aos deputados. Espero apenas que as investigações sejam concluídas e que os envolvidos recebam a pena merecida. Mas se for convocada para essa CPI, não deixarei de ir, mas não acrescentarei muita coisa”, disse a índia, que será ouvida pela CPI dia 18 de agosto.

Leticia e Joana, foram as duas mulheres que denunciaram no Ministério Público Federal o assessor especial dos Povos Indigenas, Francisco Pianko, que vem sendo investigado pela Policia Federal acusado de abusar sexualmente de menores de idade nas aldeias indígenas.

Francisco Pianko, integrante da equipe de governo de Binho Marques, será a terceira pessoa a ser convocada para depor. Ele vai comparecer na CPI, como uma pessoa acusada de abuso sexual e atentado violento ao pudor, ou seja, vai depor como um cidadão que já está sendo investigado.

“Esses depoimentos serão importantes para a seqüência da CPI", afirmou Tchê, presidente da CPI.

Arte - Marcos Venicios

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

“Há um grupo de extermínio agindo no Estado do Acre”, diz Joana D’Arc

A morte do presidiário Martini Martiniano, dentro da unidade prisional de segurança máxima Antônio Amaro, no dia 7 de abril, levantou um questionamento junto à sociedade acreana: Martini Martiniano teria cometido suicídio ou foi vítima de um assassinato? A pergunta é intrigante. E, a resposta pode revelar a existência de um grupo, que age exterminando pessoas no sistema prisional acreano.

A advogada e ativista em Direitos Humanos Joana D’Arc não tem dúvidas, que Martiniano foi executado, e afirma categoricamente: “Há um grupo de extermínio institucional agindo no Estado do Acre”. De acordo com Joana D’Arc, Martiniano foi vítima desse grupo.

Martiniano era a testemunha chave no caso do assassinato do médico Abib Cury, ocorrido em 1997, e estava com um depoimento marcado, para ocorrer em poucos dias. No dia da morte dele, o irmão Michael Oliveira deu a seguinte declaração à imprensa: “Finalmente, eles conseguiram matar o meu irmão”. Oliveira afirmou ainda que, o presidiário teria sido vítima de tentativa de envenenamento por duas vezes. Segundo ele, Martiniano denunciou em cartas que, foi agredido a socos e pontapés por quatro homens encapuzados, para mudar seu depoimento.

Para Joana D’Arc, a existência de um grupo de extermínio, no sistema prisional, se evidenciou com a morte do preso Moisés Góis, em 2004. Ele também foi encontrado morto dentro do presídio, em circunstâncias semelhantes à de Martiniano, e na época a sua morte foi igualmente atribuída a um suicídio.

Em mais uma entrevista polêmica, Joana D’Arc fala sobre a existência do suposto grupo de extermínio e sobre a inércia das autoridades para solucionar as mortes ocorridas dentro de estabelecimentos prisionais.

Acompanhe a entrevista de Joana D’arc no site O Acre Notícias.

Foto: Diego Gurgel

domingo, 2 de agosto de 2009

Delúbio passa fim de semana com Lula

Tesoureiro do mensalão, um dos "aloprados", se hospeda na residência oficial de Lula.

Por Bruno Rocha Lima, do jornal O Popular, de Goiás

Embora seja tratado como uma espécie de assombração por algumas alas do PT, que evitam sua proximidade pelo desgaste que o episódio do mensalão causou ao partido, Delúbio Soares ainda mantém estreitos laços com dirigentes petistas e com o próprio presidente Lula. Tanto que passou o último final de semana inteiro ao lado do presidente, hospedado em sigilo na Granja do Torto.

Aliados afirmam que Delúbio não comenta o teor de suas conversas com Lula, mas admitem que ele voltou mais empolgado com a ideia de se projetar politicamente após o final de semana na residência presidencial. Mas, para não gerar constrangimentos ao presidente, Delúbio não vai participar da visita que Lula fará a Goiânia e Anápolis no dia 13. Estará providencialmente em São Paulo na data.

Causou mal-estar no staff presidencial a presença do ex-tesoureio na inauguração da fábrica da Hyundai em Anápolis, em 2007, onde por pouco não se encontrou com Lula. Os seguranças da Presidência foram acionados a tempo e convenceram Delúbio a permanecer em uma sala separada para evitar a cena embaraçosa em frente às câmeras.

Politicamente, Delúbo tem sido um dos mensageiros de Lula em Goiás. Mantém diálogo com lideranças políticas ligadas tanto ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), quanto ao governador Alcides Rodrigues (PP), atuando pela unificação da base lulista no Estado para as eleições de 2010. O ex-tesoureio foi um dos articuladores da aliança entre PT e PMDB nas eleições de 2008 em Goiânia.

Foto: Editada por Luciano Dias

BRANCO, HONESTO, CONTRIBUINTE, ELEITOR, HETEROSEXUAL... PRA QUÊ?

Ives Gandra da Silva Martins*

Hoje tenho eu a impressão de que o "cidadão comum e branco" é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria!

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse 'privilégio', porque cumpre a lei.

Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.

(*) Ives Gandra da Silva Martins (foto) é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.