quinta-feira, 16 de abril de 2009

Barbárie

Funcionarios da Supervia agredindo passageiros em estação de trem, no Rio de Janeiro

A brutalidade chega mesmo à barbárie. Quatro funcionários da Supervia, concessionária que opera os trens urbanos no Rio, foram flagrados, nesta quarta-feira, 15, agredindo passageiros numa plataforma de trem. O fato foi noticiado ontem nos jornais da Globo, e visto pela Internet em várias partes do mundo.

Os funcionários agridem violentamente os passageiros com socos, pontapés e (por incrível que pareça) chicotadas. E tudo isso, observado por um representante do Estado, um policial que acompanha a cena sem intervir. A agressão foi filmada pelo repórter cinematográfico da Rede Globo Eduardo Torres.

O policial ao lado, que assiste tudo, apenas permite que a agressão continue (como talvez já tenha feito antes). A diferença é que, dessa vez, havia uma câmera registrando tudo.

Esse fato nos leva a perguntar: quantas agressões, iguais a essa, acontecem, pelo Brasil afora, sem que chegue ao nosso conhecimento?

Fico imaginando, a sensação que os passageiros sentiram, ao serem agredidos covardemente por aqueles que estão ali para manter a sua segurança.

Imagino que, eles já preocupados com a violência, normal nos grandes centros, até tenham sentido um certo conforto, ao verem que havia pessoas para protegê-los naquela plataforma. E, que isso, por alguns instantes, fez com que sentissem um certo alívio ao avistar os agentes de segurança e o policial.

Afinal, havia um policial, no local, e mais quatro funcionários, que são pagos para garantir que tudo transcorra bem na estação. Fato suficiente para trazer uma sensação de segurança.

No entanto, quando já conseguindo esquecer da violência cotidiana por um momento, uma chicotada os toma de assalto, e os fazem voltar de súbito à realidade.

Gritar por socorro? Pra quem?

Acompanhe a matéria no Site do Jornal Nacional

2 comentários:

  1. Muito bom Ricardo!!!
    Parabéns pela iniciativa, Gostei do texto, e espero que continue sempre postando.

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  2. ninguem spanca ninguem de graça.

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