Representantes de várias etnias ameaçam invadir prédio da Funai, caso assuma o cargo alguém que eles não indicaram. Para eles a exoneração de Antonio Apurinã foi uma armação política.
Deliberação sobre invasão ao prédio da Funai no Acre
Lideranças de etnias do Acre, sul do Amazonas, noroeste de Rondônia estiveram reunidos durante toda à tarde desta quarta-feira, 08, no Centro de Antropologia da Ufac, para avaliar os prejuízos causados pela exoneração repentina de Antônio Apurinã que assumia a coordenação da Fundação Nacional do Índio (Funai), na região. Os indígenas exigem que ocupe a pasta alguém que represente a maioria das todas as etnias, caso contrário vão radicalizar.
Participaram do encontro lideranças das etnias Yawanawá, Shanenawá, Apurinã, Jaminawá, Caxinará. Ambos concordam que a saída de Apurinã da representação federal dos povos indígenas foi um equivoco.
"Nós estávamos participando de um encontro sobre a BR 317 nas nossas terras, quando pediram nossas assinaturas para que fosse feito os estudos de impacto ambiental. O que a gente não sabia é que iriam usar nossos nomes contra um parente nosso. Levaram nossas assinaturas para o presidente nacional da Funai, e lá disseram que todos os indígenas que tinham assinado o documento estavam pedindo a exoneração do Antônio Apurinã da Funai. O que não é verdade. Estamos muito chateados com isso", desabafa o índio José Corrêia Jaminawá.
Os indígenas afirmam que Apurinã se preocupava mais em melhorar a qualidade de vida das aldeias do que o próprio Governo do Estado. "Ainda sofremos com falta de demarcação das nossas terras, não temos atendimento de saúde bom, faltam escolas e tem muita gente criando intrigas contra os parentes nas aldeias", comenta o cacique Francisco Apurinã, de Boca do Acre no Amazonas. Outro cacique que participou da reunião foi Abidias Franco Apurinã, que também criticou a forma como a política dos povos indígenas vem sendo conduzida pelo Estado, "sem contemplar maioria", segundo ele.
Sabá Manchineri é o nome mais indicado pelos próprios indígenas para ocupar a coordenação da Funai Regional. O nome de Sabá tem inclusive apoio de caciques de várias aldeias, dizem que "ele é um indígenas firme das idéias, tem liderança, comprometimento com o povo e não se curva a corrupções."
Outra indicação para o cargo seria o nome de Tóia Manchineri, que já não tem tanta aceitação entre os povos. O terceiro nome é de José Nogueira Anchieta, liderança do povo Arara em Rodrigues Alves; porém afirmam que a ligação partidária dele com a Frente Popular atrapalharia muito na promoção de políticas públicas para as aldeias.
Ao final da reunião ficou decidido que interinamente o cargo será ocupado por Júlio Barbosa, vice-coordenador da Funai, até que os povos fechem um consenso sobre um novo nome. A decisão virá de Brasília, mas os índios já estão sendo consultados e, se manifestando sobre qual seria o melhor nome.
As tribos ameaçam fazer um protesto se for indicado para a coordenação da Funai alguém que não tenha passado pela avaliação de todas as etnias. A idéia é acampar em frente ao prédio da instituição federal, ou, invadir o órgão.
Participaram do encontro lideranças das etnias Yawanawá, Shanenawá, Apurinã, Jaminawá, Caxinará. Ambos concordam que a saída de Apurinã da representação federal dos povos indígenas foi um equivoco.
"Nós estávamos participando de um encontro sobre a BR 317 nas nossas terras, quando pediram nossas assinaturas para que fosse feito os estudos de impacto ambiental. O que a gente não sabia é que iriam usar nossos nomes contra um parente nosso. Levaram nossas assinaturas para o presidente nacional da Funai, e lá disseram que todos os indígenas que tinham assinado o documento estavam pedindo a exoneração do Antônio Apurinã da Funai. O que não é verdade. Estamos muito chateados com isso", desabafa o índio José Corrêia Jaminawá.
Os indígenas afirmam que Apurinã se preocupava mais em melhorar a qualidade de vida das aldeias do que o próprio Governo do Estado. "Ainda sofremos com falta de demarcação das nossas terras, não temos atendimento de saúde bom, faltam escolas e tem muita gente criando intrigas contra os parentes nas aldeias", comenta o cacique Francisco Apurinã, de Boca do Acre no Amazonas. Outro cacique que participou da reunião foi Abidias Franco Apurinã, que também criticou a forma como a política dos povos indígenas vem sendo conduzida pelo Estado, "sem contemplar maioria", segundo ele.
Sabá Manchineri é o nome mais indicado pelos próprios indígenas para ocupar a coordenação da Funai Regional. O nome de Sabá tem inclusive apoio de caciques de várias aldeias, dizem que "ele é um indígenas firme das idéias, tem liderança, comprometimento com o povo e não se curva a corrupções."
Outra indicação para o cargo seria o nome de Tóia Manchineri, que já não tem tanta aceitação entre os povos. O terceiro nome é de José Nogueira Anchieta, liderança do povo Arara em Rodrigues Alves; porém afirmam que a ligação partidária dele com a Frente Popular atrapalharia muito na promoção de políticas públicas para as aldeias.
Ao final da reunião ficou decidido que interinamente o cargo será ocupado por Júlio Barbosa, vice-coordenador da Funai, até que os povos fechem um consenso sobre um novo nome. A decisão virá de Brasília, mas os índios já estão sendo consultados e, se manifestando sobre qual seria o melhor nome.
As tribos ameaçam fazer um protesto se for indicado para a coordenação da Funai alguém que não tenha passado pela avaliação de todas as etnias. A idéia é acampar em frente ao prédio da instituição federal, ou, invadir o órgão.
Francisco Costa é editor do Blog Reporter24horas
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