segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Deu no Ac24horas

Binho pode ser responsabilizado pela morte de Magaive

Governo do Acre terá que enfrentar a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Acre decidiu entrar no caso

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, Florindo Poerch, disse hoje à reportagem de ac24horas que o Governo do Acre terá de se explicar sobre a morte de Magaive Batista de 22 anos, encontrado morto no presídio Antonio Amaro Alves no último dia 31 de dezembro de 2009.

E não é a primeira vez que a OAB, "pega no pé" e questiona a postura administrativa do governador e seus secretários. Florindo já esteve até trocando farpas com o presidente da Assembléia Legislativa do Acre, deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), quando estourou o escândalo do Iate. Poersch também foi contra o uso da estrutura pública para proteger gestores públicos de crimes contra o patrimônio, assim como desejava o governador Binho Marques, em projeto lei, a favor dos defensores públicos.

Florindo, diz que esta se inteirando da situação e vai pedir uma resposta plausível que seja nada mais que a verdade sobre o caso. "Seja o preso quem for, assassino confesso, ou não. O preso estava sob a guarda do estado e se comprovado que Magaive foi assassinado dentro de uma das celas do presídio como atesta o laudo emitido pelo Instituto Médico Legal, com certeza o estado poderá ser responsabilizado", afirmou.

Pelo laudo do Instituto Médico Legal - IML, assinado pelo médico legista Alberto Okamura. Magaive morreu vítima de traumatismo cranian, e não por enforcamento.

O diretor do Instituto de Administração Penitenciária - IAPEN, Leonardo Carvalho, informou à reportagem por telefone que não iria dar mais qualquer esclarecimento sobre o assunto, mas admitiu que o tema estava sendo apurado. "Tudo que eu tinha para dizer já foi dito em nota oficial emitida pelo Iapen , e, Magaive foi encontrado enforcado com um lençol numa das celas, o que atesta suicídio. Nós vamos abrir uma sindicância interna para depurar o caso" afirmou Carvalho, encerrando a ligação.

A presidente do Centro dos Direitos Humanos CEDHEP no Acre, Aldeídes Moura, também decidiu se manifestar sobre o caso e disse que vai querer saber do estado qual as garantias de segurança que um preso tem ao entrar no sistema prisional do Acre.

"Nós vamos encaminhar oficio o quanto antes as instituições competentes que administram os presídio para saber que garantia de vida tem os detentos. O estado é responsável pela integridade física do preso", finalizou a ativista.

Salomão Matos - Da redação de ac24horasRio Branco, Acre

Pergunta do Blog: Será que o pessoal do Ac24horas conversou mesmo com o presidente da OAB/AC?

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